Face à crescente miniaturização dos componentes, com especial incidência na indústria automóvel, telecomunicação, micro mecânica, óptica, electrónica e médica, assiste-se na Europa à necessidade de desenvolvimento de competências técnicas para o suporte à micro-moldação, a partir das quais será possível conceber, desenvolver e produzir, componentes geometricamente complexos à escala micro. Neste sentido, assiste-se hoje a um esforço enorme para se conseguir responder aos desafios actuais dos “novos” Mercados, nomeadamente ao nível da diminuição de tolerâncias dimensionais, da melhoria da qualidade superficial, da miniaturização, manipulação e integração dos componentes. Tal obriga à utilização de novas tecnologias, matérias-primas, à adaptação/criação de processos de fabrico e de novas ferramentas, e à formação de novas competências.
A rede de competência de Microfabricação assumirá como missão a cooperação entre entidades do SCTN e o tecido empresarial integrando as diversas valências associadas aos processos de microfabricação. O cumprimento desta missão será baseado na estratégia seguinte:
- Actividade baseada numa rede de instituições nacionais com competências complementares em áreas pertinentes para a problemática da microfabricação, a saber:
a) Concepção e design - Intervenção desde as primeiras etapas, no processo de formulação e resolução do problema, no sentido da criação de valor mais sustentável (competências: planeamento estratégico de inovação, design para a Sustentabilidade, análise do ciclo de vida de produtos).
b) Tecnologias de produção - Intervenção nas fases de planeamento, processamento e transformação, no sentido da utilização de estratégias de eco-eficiência e de produção mais limpa que minimizem impactes negativos, contribuindo para a maior sustentabilidade dos sistemas ambiental e social envolventes.
c) Validação do produto - Variáveis de avaliação seleccionadas na fase de concepção e design (competências: idênticas às referidas na alínea (a)).
d) Empreendorismo - Introdução de metodologias de gestão da inovação e da mudança tecnológica, pois tem-se vindo a demonstrar que estas tecnologias emergentes são particularmente eficientes em ambiente de incubação (p.ex. OPEN).
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